2 de janeiro de 2012

Mundo dos homens

Aurélio: Realidade é aquilo que existe efetivamente, que é real.

Mal pude perceber o longo processo de fissão. Imersa na realidade que tritura lentamente o que havia de mais intenso e sensível no meu ser, vi apenas o tudo espalhado por aí. Pouco depois pude, enfim, unir os pedaços desagregados e apreciar a dor e o prazer em sua essência; apenas nós: unicidade, excepcionalidade – como nos velhos tempos.

Não, não quero falar do metrô, das ruas, de obrigações, nem de convenções. Também não quero palavras por mais doce que seus lábios sejam. Chega de objetivações! Quero falar daquilo que é suscitado pelo seu sorriso e pelo seu abraço, o que me mantém viva, inteira, plena de tudo. Isso existe, é mais real que a realidade que lemos e convivemos.

Estaremos bem então. Noutro patamar. Transcenderemos àquilo que um dia chamaram de mundo dos homens.